sexta-feira, 15 de abril de 2011

A estrela da árvore

Num assombro sem igual
“O que fizeram”, pensa ele?
Sobre o sumiço da estrela
Solitária de Natal.

Ela, que originalmente
Diz a lenda, fez-se guia
Pois eu acho que, cadente,
Transformou a noite em dia.

Hoje serve é de adorno
Na árvore artificial
Mesmo assim, por ser estrela
Encanta o guri genial.

Inconformado, brada ele
Onde foi que a esconderam?
Enterraram, deram, venderam?
Ou simplesmente a perderam?

- Calma, filho!
Diz a mãe amada
Pois em questão de meses,
Vais vê-la novamente,
Lá no topo colocada.

Adios, diosa

Uma noite a mais
A dormir sem paz...
Esse vai-e-vem
Pode fazer bem?

Não consigo ver
O que vem a ser
Tal imposição:
Ter que abrir mão
De um ideal
De não ser igual
A quem quer que seja?

Pare, ouça e veja:
Se a esperança
Já não nos alcança,
O que resta agora?
Só deixar que a aurora
Venha lá de fora
E te leve embora.