sábado, 29 de agosto de 2009

Por onde andará Belchior?


A onda da galera ultimamente é dar palpites sobre o paradeiro do Belchior.

Eis algumas suposições:

a) Internado no Laboratório Roche, servindo de cobaia para testes da vacina anti-H1N1

b) Internado numa clínica psiquiátrica no interior de SP para tratamento contra a fobia de avião

c) Fazendo bicos como escovão de pinico nos EUA, já que a venda de CDs não rende mais nada

d) Foi abduzido por uma nave espacial

e) Todas as alternativas acima. Belchior, assim como Eric Clapton, é onipresente e onipotente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Reveses

"Poems, everybody..."
(The Teacher, em The Wall)

Era uma vez um tempo, amigo,
Em que o teu sacrifício
Era sinônimo de júbilo,
De conquista e poder.

Agora, esse estado de coisas
Que às vezes te empolga,
Que às vezes te move,
E te dá o que fazer,

Fica a mercê de atos,
E à deriva de fatos,
Que não têm nada a ver.

E o que era pra ser útil,
Passa a ser maçante;
E o que te daria prazer,
Torna-se, sabes o quê?
Frustrante.


Cara, te levanta de uma vez
Pega tua bengala e chapéu
Já que essa tola intrepidez
Só serve pra te transformar
Em Réu!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Xenofobia britânica é isso aí...



Só me resta comemorar a harmonia racial MADE IN BRAZIL.

Falando nisso, hoje é o aniversário do suicídio de Vargas. Era uma vez a honra de um político. Nas suas próprias palavras: saiu da vida; entrou para os livros de História.

Enquanto isso, Back to the Future, no Senado, Sainey faz história de gibi: O Clube dos Mickeys

Durmam bem. Que nem o meu neném.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raul!!!


Neste aniversário dos 20 anos sem Raul, tomo a liberdade de transcrever a fenomenal letra de Ouro de Tolo, em nome dos que, como eu, não se conformarão em terminar sentados no trono de seu apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar:

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil reais
Por mês...

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
De segunda mão
Um Fiesta 2006...

Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Floripa
Depois de ter me ferrado
Por quase dois anos
No interior do Estado...

Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...

Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...

Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Quebra-cabeças

Ontem consegui terminar um quebra-cabeças de 871 peças.

Que incrível sensação!

Obrigado, Senhor!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Drummond ilhéu, eu??


Muito me emocionou o comentário da Tia Marília no post abaixo.

Tanto, que já iniciei conversações com o mestre da poesia brasileira(vide foto ao lado)! Não por acaso, sempre o admirei, como escritor, poeta e coincidentemente, funcionário público que tirava deste ofício o seu sustento.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Família, Família

"Família, família
Cachorro, gato, galinha
Família, família
Janta junto todo dia e nunca perde essa mania"

Os versos anacrônicos de Nando Reis soam estranhos nos dias de hoje. Pois eu, saudosista confesso, sinto muita falta, não da janta, mas do almoço de todo dia, com a família unida. E da minha "cachorra", a Mary, uma lhasa apso loirinha e superpeluda. Faleceu de hepatite, devido a um diagnóstico enviesado de uma dublê de veterinária que concluiu padecer o animalzinho de um simples resfriado, ou coisa que o valha.

Nos dias de semana, recordo-me do macarrão com salsichas da minha avó materna, Ivan (A Terrível, rs). Preparava um cozido muito bom também, aprendido em sua infância em São Joaquim, em meio aos índios velhos da serra com quem tinha relações de parentesco. Lembro de dois primos dela que vieram nos visitar na casa da Djalma Moellmann, um deles ostentando um genuíno cocar.

Já do lado da minha vozinha Irene (paterna), que há dois meses completou 87 anos de vida digna e generosa, comia-se diariamente um feijãozinho muito bem temperado com folhas de louro. Eu achava curiosa aquela obsessão deles por feijão e lembro que alguém me disse que, dada a procedência de maior parte desse ramo da família do Rio de Janeiro, a mais brasileira das cidades, não podia faltar à mesa, ora, a mais brasileira das iguarias. Sempre com arroz e farinha, ingredientes do invariável pirão.

Éramos felizes e não sabíamos.

Beijos a todos, Chaplins, Ganzos e Savedras!!
Vocês habitam o que há de mais doce na minha memória...

Estelionato


“Who knows where the cold wind blows
I ask my friends but nobody knows”
Whitesnake

Quem nunca impingiu muita fé e esperança em algo que aparentemente lhe proporcionaria grande retorno espiritual, emocional ou material (ou as três coisas simultaneamente) que atire a primeira pedra. Pois eu confesso: já vivi e, tenho a consciência, ainda viverei muito essa situação, enquanto minha passagem sobre este plano perdurar.
Vivemos na era da isca metafísica. Somos jumentos que puxam inexoráveis carroças apinhadas de lenha para servir de combustível em proveito de outrem. E queremos apenas alcançar aquela cenoura, aquele pedaço de capim que se nos é suspenso sobre o focinho, mas que nunca alcançaremos.
É o que eu chamo de estelionato contra a alma. Contra a mente. Contra a natureza humana. E geralmente, este delito é praticado em concurso de agentes. O problema é identificar quem é o autor intelectual, já que, quanto aos partícipes, basta olhar-lhes fundo nos olhos.

Boa semana!


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Homenagem ao Leão

Quem diria, o céu é o limite para o Avaí.

Tão azul, tal qual o leão da Ilha do Sul.

O Miguelito ta até rouco.... :-P