sábado, 28 de novembro de 2009

2012 - Uma Odisséia no Espa.., digo, nas Águas

Apesar da ausência de intenção, este blog passou a centrar-se em resenhas de cinema.

Então, aí vai mais uma.

Não resisti ao apelo do tema e fui assistir, no "Dia do Beijo" do Shopping Iguatemi, ao filme 2012. E agora estou aqui a praticar mais esse exercício de crítica. (Nunca vou me perdoar de ter relegado à segunda opção no vestibular o curso de Jornalismo). Felizmente, inventaram a internet e os blogs pra gente brincar de jornalista.

Feitos esses devaneios (des)necessários, voltemos ao tema: 2012. O desastre ambiental é iminente e o G8 tem uma carta na manga para salvar exemplares das diversas espécies, inclusive a humana.
Não vou revelar as "surpresas"do filme, restringindo-me a expor minha leitura do mesmo, do que eu vejo nas entrelinhas (ou, caso prefiram, entre os fótons que irradiam a telona).

Enfim, o que me chamou atenção, é o destaque ao protagonismo das potências emergentes, (assunto que me fascina, conforme já escrevi aqui) as quais, muito em razão da exagerada população que habita seus territórios, não se furtam a desempenhar ações pontuais de suma importância. É o caso do geólogo hindu que descobre a ameaça que vem do sol; dos chineses em cujo solo se constrói a base e as naves que abrigarão os sobreviventes; do destaque à notícia da destruição do Rio de Janeiro, com o repórter da Globo News narrando o desabamento do Cristo Redentor; e, por último, o apoio decisivo do líder russo para salvar uma expressiva quantidade de pessoas.

Parece que o tradicional primeiro mundo definitivamente se rendeu à necessidade de comungar seus avanços tecnológicos e filosóficos com o dito terceiro mundo.

Nota-se, por outro lado, o esforço dos norte-americanos em sustentar as pretensões messiânicas de seu governo, embora fique claro que seu sistema esteja ruindo frente às mudanças na geopolítica internacional. E a metáfora desta ruptura está adequadamente representada pelos terremotos e tsunamis que assolam o país.

Mas a mensagem que, ao menos para mim, fica, é a seguinte: de nada adianta essa transferência de conhecimento e técnica, se as nações beneficiadas e suas exóticas populações não souberem aproveitar e reinventar sua aplicação. Tudo isso em nome do propósito maior: a preservação da nossa e das demais espécies, bem como do planeta.

Caso falhemos, o destino é um só. E haverá de emergir das águas uma nova África, para servir de berço para um novo hominídeo? Irá a vida imitar a arte? Ainda há tempo para que não tenhamos que depender do acaso?

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